segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ENSINO DO ATLETÍSMO ESCOLAR - ENSINO FUNDAMENTAL

Atividade 1 – Corrida de estafetas

Para a criançada do 1° ao 5º ano que apreciam um bom desafio as atividades de estafeta são motivantes.
Separe alguns materiais disponíveis na escola ou que sua criatividade permitir. Podem utilizar bolas, arcos,corda, cadeiras, folhas de papel ou jornal, copos descartáveis, etc.
Organizar os alunos em colunas, separando a turma em 3 grupos. Em cada grupo o primeiro da coluna possui com a bola nas mãos deverá passar a bola por sobre a cabeça até chegar no ultimo da coluna, o qual deve correr contornar a cadeira e dirigir-se até a frente da fila e iniciar a passagem da bola até que todos realizem a tarefa.
 Pode-se variar a distancia, o material que utiliza e a atividade a ser realizada.
A bola pode ser transportada a cima da cabeça, pelo lado esquerdo ou direito, por entre as pernas.
Ao utilizar o arco (bambolê), pode colocá-lo a uns 5 m de distância, onde o aluno corre, passa o arco pelo corpo e retorna ao final da coluna permitindo assim que o próximo realize a atividade. As formas de Transpor o arco pode ser dos pés à cabeça ou da cabeça aos pés.
Com cordas é possível programar um circuito onde hora o aluno passa por baixo, ora passe por cima e retorne ao final da coluna. A distância  e a altura das cordas deve estar de acordo com o nível de desenvolvimento motor da turma.
O jornal ou papel pode ser utilizado em duplas e a corrida deve ser realizada cuidando para que o jornal não rasgue. Logicamente as dificuldades serão logo notadas, mas é nessa hora que você precisa explanar a importância do trabalho em grupo e a estratégia.
Utiliza-se o copo descartável por ser um material reciclável e que não apresenta perigo para a criança durante a atividade, podendo utilizar com ou sem água. Geralmente utilizo essa estratégia para iniciar um pequeno conhecimento sobre a MARCHA ATLÉTICA, geralmente esquecida nas aulas de educação física escolar.  A organização da estafeta é a mesma, porém cada criança deve ter seu copinho descartável. A criança deve andar rapidamente  até contornar a cadeira e retornar à sua equipe. Segue a atividade até que todos participem.

Em estafeta não costumo valorizar o “ganhador” e sim a participação. Repito o exercício para que o aluno tenha a oportunidade de melhorar o seu feito.


Atividade 2– Corridas
Se caso sua escola não tenha espaço físico livre que tenha 100m, utilize a rua, mas antes disso comunique o departamento de transito e procure interditar a rua com cones dentro de uma margem de segurança de 10m, em cada lado.  Escolha uma rua não muito movimentada.
Organize a turma em grupos de 5 alunos. Faça tiros de 100m, sem enfatizar o melhor tempo. Depois que todos correrem mais de uma vez, peça para que descrevam oralmente quais as mudanças fisiológicas percebidas após o feito. Faça mais alguns tiros de 100 já com a saída baixa porem com velocidade mais moderada, como forma de condicionamento.  Para finalizar promova uma corrida de um a um para verificar o tempo de cada um.
Para alunos de 6° ao 9°ano podemos utilizar 100m, no entanto, para alunos do 1° ao 5° ano prefiro utilizar 50m.

        Atividade 3 – Corrida de revezamento

Providencie alguns bastões alternativos caso a escola não disponibilize, pode ser utilizado cabos de vassoura cortados em 4 pedaços, pode ser feito de jornal e impermeabilizado com fita durex.
Utilize 100m que se torna mais fácil a visualização e a sua orientação.
Deixe que eles realizem a corrida de revezamento, sem orientação sobre a passagem do bastão. Com certeza, as dificuldades aparecerão. Com isso o próximo passo é ensinar a forma correta da passagem do bastão.
Durante a passagem do bastão, não é permitido sair dos limites da baliza, deve acontecer dentro da zona de revezamento (20m) e deve ser com os atletas em movimento, passando o bastão movimentando o braço de baixo para cima. Para receber o bastão, o atleta deve manter o braço estendido posteriormente.
No momento em que o atleta com o bastão se aproxima a aproximadamente 5m, o atleta que vai receber inicia a corrida saindo do início da zona de revezamento e tendo que receber o bastão nos próximos 20(zona de revezamento).
Caso o atleta deixe cair o bastão, deve pega-lo  e o atleta que ira receber deve esperar que lhe passem o bastão.
O Atleta que passou o bastão deve permanecer em sua baliza até o final da competição para não prejudicar a outra equipe.


1ª Passagem do Bastão
O atleta que passa o bastão corre do lado direito da baliza, segurando o bastão com a mão esquerda.
O atleta que recebe corra do lado esquerdo da baliza e recebe o bastão com a mão direita.
2ª Passagem do Bastão
O atleta que entrega, corre pelo lado esquerdo e passa o bastão com a mão direita. O atleta que recebe, corre pelo lado direito e recebe com a mão esquerda.         
3ª Passagem do Bastão           
O atleta de passa o bastão corre pelo lado direito, com o bastão na mão esquerda. O atleta que recebe completa a prova.

Proporcione a pratica das passagens do bastão, através de práticas da modalidade. E por fim discuta com os alunos sobre a importância do trabalho em grupo e a busca pela solução de problemas e melhoria do rendimento de forma cooperativa.


Atividade 4 – Corrida com Barreiras

A corrida com barreiras requer técnica e sincronismo, portanto auxilia no aprimoramento da coordenação motora. Pode se tornar uma atividade divertida dependendo das estratégias utilizadas.
Pode-se utilizar para ensino escolar as barreiras mais baixas, não há necessidade de utilizar as alturas oficiais.
Primeiramente, conte, de maneira reduzida, a história da modalidade, para que os que não conhecem ainda ter consciência da modalidade.
Para maiores informações, leia: http://adect2.no.sapo.pt/artigos/pdf/barreiras.pdf
As barreiras devem ser colocadas de tal forma que ao menor toque do aluno ela acompanhe o movimento minimizando assim qualquer perigo de acidentes.


Fonte da imagem: http://www.atletx.com.br/noticia/100-e-110-metros-com-barreira-44
Num primeiro momento selecione alguns materiais, como: Pneus, cones e cordas. Distribua na quadra ou espaço disponível formando uma seqüência.  O aluno deve vivenciar a passagem pelos obstáculos e ter várias oportunidades para refletir, pensar e criar a melhor forma de faze-lo.
Num segundo momento mostre através de vídeos ou imagens a forma correta de ultrapassar  e retorne ao obstáculos, dessa vês executando a forma correta de forma correta a ultrapassagem.
Para alunos de 6°ano à 9° ano, pode ser introduzida as 5 fazes da corrida com obstáculo, ensinando dentro de uma seqüência didática que ao final todo o processo seja assimilado.
1- Saída e aproximação à 1ª Barreira

É preciso adquirir uma velocidade em que o comprimento da passada aumenta progressivamente até ao último passo, o qual será mais curto que o anterior, como forma de preparar-se para a impulsão.
2- Impulsão

Pé da perna de impulsão deve apoiar-se no eixo da corrida, ao mesmo tempo, a outra perna é elevada à frente, aproximadamente à altura da cintura, semiflexionada.  Neste momento o tronco inclina-se à frente, ficando paralelo a perna de impulsão.


3- Transposição
Estando o tronco sobre a perna de ataque, ajude com o braço do lado oposto a perna; Para passar a perna que foi responsável pela impulsão deve ocorrer a flexão do joelho e a abdução da perna. Sendo que o braço do mesmo lado deve realizar uma leve elevação frontal, semiflexionado, para equilibrar a transposição da perna de impulsão. Conforme a perna de impulsão passa a pela barreira a perna de ataque se abaixa.
4- Corrida entre Barreiras
O ritmo entre as barreiras é fundamental para que não haja erros no momento da ultrapassagem. O número de passadas deve ser exato para não ocorrer perda de tempo.
5 – Corrida final
Esta fase se característica pelas passadas fortes e velocidade crescente, objetivando a linha de chegada.

Forme pequenos grupos para que observem uns dos outros, qual a melhor perna para a impulsão, quantas passadas precisa ser realizadas entre as barreiras. Esses fatores são individuais.  Depois disso bem observado, inicie a pratica da corrida com barreiras bem baixas. Você pode aumentar aos poucos chegando a 90cm + ou -, essa é a altura máxima que trabalhei em educação física escolar, mantendo uma margem de segurança.





Em breve mais postagens...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ensino do Atletismo Escolar

Educação Infantil

Trabalhar com atletismo na educação infantil pode parecer difícil, no entanto pode ser uma tarefa agradável. No atletismo temos corridas, saltos e arremessos, atividades que fazem parte da infância e que o professor pode utilizar para alcançar objetivos educacionais.

 Atividade 1 - Corrida
Utilizar brinquedos coloridos pode ajudar a motivar a criança para realizar a atividade com atenção, nesta atividade utilize uma fita colorida anexada a um boné ou chapéu colorido, a criança deve sair de um determinado ponto e chegar a outro correndo para que a fita voe. Importante que se divida a turma em pequenos grupos para você possa observar melhor. Na seqüência, transforme essa atividade em corrida de revezamento, que ao invés de passar o bastão pode-se passar o chapéu.
Continuando a aula, explore os tipos de corrida: correr sem sair do lugar, correr elevando os joelhos a frente, correr elevando os pés posteriormente, correr lentamente, correr acelerado.
Promova atividades de estafeta com brinquedos, estimulando a corrida.
ATENÇÃO: cuide para não ficar o tempo todo correndo para a criança não ficar exausto e desistir da atividade.
Como atividade de volta a calma, e como utilizamos o chapéu, sugiro a música:
O MEU CHAPÉU

O meu chapéu tem três pontas
Tem três pontas o meus chapéu
Se não tivesse três pontas 
Não seria o meu chapéu

 Atividade 2 - Salto

Utilize arcos, cordas, folha de E.V.A , tapete de emborrachado, para promover a atividade de salto. Espalhe os arcos em linha reta, com distância entre eles de um passo infantil, onde a criança deve ultrapassar a trilha saltando de um arco à outro. Repita essa atividade com os arcos em zig-zag.
Disponha as cordas no chão espalhadas aleatoriamente formando um grande circuito, onde a criança deve andar pelo espaço da aula, saltando cada vez que encontrar uma corda.
Espalhe alguns tapetes de emborrachados (ou folhas de E.V.A) onde um aluno de cada vez deve saltar sobre ele. Para incrementar e sabendo da importância da atividade de faz de conta, peça para as crianças imaginarem o tapete como sendo um buraco no chão, tendo que saltar como um cavalinho para não cair.


Atividade 3 – Arremesso
Prepare alguns materiais como bolas (de tênis, de pano, de borracha ou até mesmo de papel para reciclagem), discos feitos de papelão ou pratos descartáveis e dardos feitos com metade de um cabo se vassoura sem pontas.  Providencie uma cadeira, um balde, arcos (Bambolês), cordas, pneu para reciclagem, argolas e o que mais tenha disponível em sua escola.
Comece com as bolas, estipule um alvo no chão, como por exemplo, um balde para que a criança busque acertar de distâncias diferentes, buscando arremessar de maneiras diferentes proporcionando uma vivência da capacidade dos movimentos corporais. Estimule ao máximo a criatividade.
Também é possível pendurar o arco para que busquem acertá-lo. Ao final disponha os materiais que preparou para que sirvam de alvo.
Para o arremesso de dardo, é preciso ter mais cuidado e orientar as crianças para que não circulem na área de arremesso para impedir qualquer acidente. Importante que um a uma, todos tenha a oportunidade de vivenciar o arremesso. Uma área com areia ou grama é mais indicada para essa atividade.
Deixe o arremesso de disco para o final, por ser o mais divertido e como a criançada já gastou muita energia, isso pode favorecer o sucesso da aula. Com os discos feitos de papelão, incentive o arremesso em área livre. Em trios a criança arremessa e busca o seu disco entregando para a professora.
Muito Legal !

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

GINÁSTICA - ENSINO FUNDAMENTAL I

Nos 1° e 2° anos do ensino fundamental, etapa onde as crianças estão descobrindo o mundo da leitura e escrita. Tudo é novidade, participam de atividades práticas prontamente e apreciam movimentar-se. Gosto de utilizar da iniciação em ginástica neste período como meio de promover a cooperação e construção coletiva.
Porém do 3° ao 5° ano as crianças são curiosas e gostam de desafios, neste fase a ginástica pode ser desafiadora pois a criança possui capacidades física bem mais refinadas. 


Atividade 1
Brincando com o corpo
O objetivo desta atividade constitui em sociabilização, coordenação motora e conhecimento das capacidades corporais;
Os alunos deverão correr livremente pelo espaço e ao sinal do professor executar as tarefas como sentar, rolar, agachar e ficar em pé.
Em seqüência, os alunos ficarão dispostos em um linha um ao lado do outro, ao sinal do professor deverão atravessar para o outro lado saltando de um pé só, logo após voltarão saltando de uma pé só mas em dupla. Depois, atravessarão a quadra colocando a mão no pé do parceiro indo para o outro lado e voltando da mesma forma seguindo assim joelhos, bumbum, barriga, ombros, cabeça e outras partes do corpo. Primeiramente individual, depois duplas, trios, e assim por diante até ficarem em um grande grupo.
Utilize a música “Peixe Vivo” para socializar e voltar a calma. Com os alunos em círculo cantar e gesticular.

 PEIXE VIVO

COMO PODE UM PEIXE VIVO
VIVER FORA DA ÁGUA FRIA [BIS]
COMO PODEREI VIVER [BIS]
SEM A TUA, SEM A TUA
SEM A TUA COMPANHIA. [BIS]

Atividade 2 - Equilibrando
Para essa atividade pode utilizar, saquinhos de areia, saquinhos de pano ou E.V.A de cores diversas.
Gosto de propor aos alunos a organização em círculo, pois proporciona a participação de todos e favorece a minha visualização.
Proponha alguns movimentos como: mão na cabeça, na barriga, na boca, na orelha e no dedão do pé, dá uma rodadinha, 3 pulinhos. Em duplas: cumprimente, de um abraço, faça careta, faça carinho, faça cócegas. Utiliza a Música “cabeça, ombro, joelho e pé” e gesticule.
Inicie a atividade com o saquinho ou o material que conseguir. Distribua um para cada aluno que deve andar livremente pelo espaço equilibrando (na cabeça, na mão com o braço estendido, no ombro, no pé). Pode também propor o equilíbrio de dois ou mais saquinhos. Correr pelo espaço equilibrando no dorso da mão com o objetivo de não deixar cair.
Em duplas e com apenas um saquinho, demonstre ao aluno como lançar com a mão direita e receber com a esquerda. Depois inverta para receber com a esquerda e lançar com a direita.
Depois de realizar a atividade por alguns minutos, junte duas duplas, onde uma lança e recebe com as duas mãos, sendo que uma o faz por cima e outra por baixo. Invertendo os arremessos depois.
Com todos sentados no chão com as pernas estendidas e com dois saquinhos de areia, buscar equilibrar-los no joelho, no dorso do pé, ao mesmo tempo e eleva as pernas simultaneamente e depois alternadamente.  Deitar com o saquinho de areia na testa equilibrando-o enquanto senta.
Outra possibilidade é realizar atividades de estafeta explorando a utilização do material. Dividindo a turma em 4 grupos e transpondo de formas diversas como: por sobre a cabeça, por entre as pernas, pela esquerda, pela direita, etc.


Atividade 3 - Andar

Inicie a atividade com um livre caminhar pelo espaço, proponha andar rápido, andar lento, andar de lado, andar sempre com o pé direito a frente, depois só o esquerdo a frente, de costas, andar marchando, andar saltitando (como passear no bosque). Proporcione um tempo para que vivenciem cada forma de locomoção. Depois disso reúna todos e proponha que criem novas formas de caminhar, observe e valorize cada expressão, compartilhando com todos os movimentos criados.
Inicie a construção coletiva de uma seqüência com as formas de andar, treino algumas vezes, podendo posteriormente realizar esta seqüência com mudança de direção.
Ai está sua coreografia com uma seqüência de “formas de caminhar”, aproveite e coloque uma música para realizar a mesma coreografia.

Atividade 4 – movimentos do cotidiano

Escolha uma música alegre, de preferência instrumental, pergunte aos alunos os movimentos que realizamos no dia-a-dia, como por exemplo: sentar, subir escada, escovar os dentes, tomar banho, vestir-se, caminhar até a escola, e anote. Com a musica realize esses movimentos formando uma seqüência divertida.

Atividade 5 – Exercícios básicos de solo

Os exercícios básicos da ginástica de solo são:
  • Rolamento para frente grupado
  • Rolamento para frente afastado
  • Rolamento para trás grupado
  • Rolamento para trás afastado
  • Parada de cabeça
  • Parada de mãos
  • Roda ou estrela
  • Reversão para frente
  • Reversão para trás
  • Giros – 180°
  • Giros 360°
Além dos saltitos, saltos. Mas lembre-se, o objetivo é proporcionar vivências corporais e possibilitar conhecimento. A formação de atletas se dá a um trabalho de preparação física. Na educação física escolar a prática deve ser lúdica e motivante. A seguir algumas maneiras de trabalhar com o conteúdo ginástico de acordo com os objetivos da disciplina.

Gosto de iniciar com o rolamento pra frente grupado, pois com alguns colchonetes posso desenvolver a aula.

Se possível estruture um plano inclinado para os primeiros movimentos, instrua o aluno a encostar o queixo no peito como medida de segurança e que somente a nuca (parte posterior da cabeça) toque o chão e nunca a cabeça ou a testa. O Aluno deve realizar a cambalhota, sempre com as pernas flexionadas, e terminar em pé com os braços acima da cabeça.
Alguns alunos realizarão prontamente, outros precisarão de auxilio nas primeiras tentativas.
Proporcione tempo suficiente para que todos realizem o movimento várias vezes. Lembre-se de alongar antes e depois da atividade.



Encontrei esta postagem em:
 http://www.birafitness.com/ginastica_olimpica/solo.htm

TÉCNICAS BÁSICAS DE SOLO

 
Rolamento para frente grupado:
 
Objetivos formativos de sua aprendizagem: Desenvolver a adaptação e domínio da alternância dinâmica de posições corporais, experimentar a sensação de rolar e recuperar o equilíbrio, promovendo adaptação às rotações.
 
                 Material: Área plana gramada ou colchões para ginástica, banco sueco, plano inclinado

Descrição técnica de rolamento de frente grupado
:  Partindo da posição de pé com pernas unidas, flexionar os joelhos, apoiar as mãos espalmadas no solo à frente do corpo, mãos à largura dos ombros, cotovelos flexionados, dedos voltados para frente, flexionar a cabeça à frente, encostando o queixo no peito e, impulsionando o corpo com as pernas, rolar para frente sobre as costas em posição grupada, mantendo os joelhos unidos e pés em flexão plantar ao saírem do solo. Ao completar 360 graus de rotação ao redor do eixo transversal do corpo, em deslocamento para frente no plano sagital, finalizar o movimento em apoio sobre os pés, elevando-se á posição de pé (ortostática), com elevação os braços em extensão, e assumindo a postura estendida.
Formas de ajuda: em caso de haver apoio do alto da cabeça no solo (e não a nuca) ao rolar, há risco de haver uma torção no pescoço, o que pode ser evitado ajudando-se o executante a manter o queixo junto ao peito, segurando a cabeça pela nuca empurrando-a para baixo, enquanto se conduz a realização do rolamento pela parte posterior da coxa, com a outra mão, no sentido do giro.  
 
Sugestões de atividades individuais e em duplas para a sua aprendizagem:
 
- Sentar-se na borda de um colchão ou no gramado, com as pernas flexionadas, abraçando-as com os dois braços. Mantendo as costas arredondadas, deixar-se cair para trás, mantendo a postura descrita anteriomente, e balançar sobre as costas, tal e qual um “mata-borrão”. Após sucessivos balanços, sentar-se novamente de forma contínua, conforme FIG. 1. Este exercício pode ser feito, dentre outras, com as seguinte variações: 1- terminando na posição de pé, tentando levantar-se sem o auxílio das mãos; 2 - pedir aos alunos que corram livremente e, ao sinal, deitem-se em decúbito dorsal, abracem as pernas e balancem-se algumas vezes sobre as costas arredondadas. Ao segundo sinal, deverão correr novamente.
 

FIGURA 1
Fonte: (Gómez, 1989: 161)

Após prepararmos um banco sueco, onde em uma de suas extremidades é colocado um colchão, ou mesmo superfície gramada plana, pedir aos alunos que desloquem-se em quadrupedia (engatinhando)  sobre o banco e, ao chegar à sua extremidade, apoiem as mãos no colchão, flexionem a cabeça à frente e rolem sobre as costas. (FIG. 2) Caso não se disponha de um banco sueco, esta atividade poderá ser realizada em duplas, onde um aluno apoia as mãos no solo e estende as pernas atrás, ligeiramente afastadas, outro aluno, posicionado entre as pernas do primeiro, segura-lhe por debaixo dos joelhos, tal e qual um “carrinho de mão”. Após primeiro aluno dar alguns passos com as mãos, deverá flexionar a cabeça, encostando o queixo no peito, e rolar sobre as costas, na grama ou no colchão. (FIG.3)


FIGURA 2`                                                                                                                               FIGURA 3
Fonte: (Gómez, 1989: 161)                                                                                  Fonte: (Gómez, 1989: 173)
 
Preparar um plano inclinado, mas não muito, que poderá ser feito com uma tábua apoiada em um degrau, ou banco sueco, colocando um colchão fino sobre o mesmo. Pedir aos alunos que executem um rolamento de cima para baixo, sobre as costas, tomando o cuidado sempre de colocar o queixo encostado no peito. Finalizar de pé, levantando-se sem o auxílio das mãos. (FIG. 4) Aquelas crianças que não conseguirem se levantar sozinhas, podem contar com a ajuda de um companheiro, que lhe dará as mãos no final do rolamento, ajudando-a a se levantar sem tocar o solo.

FIGURA 4
Fonte: (Gómez, 1989: 162)
- Deslocar-se em quadrupedia alta em terreno plano gramado, e ao chegar em um colchão ou local pré-determinado, realizar um rolamento apoiando as mãos e nuca em desenho feito no colchão ou grama, com a silhueta correspondente, conforme FIG. 5.

FIGURA 5
Fonte: (Gómez, 1989: 163)
Rolamento de frente grupado na grama ou no colchão, terminando de pé sem o apoio das mãos no solo no final, para ajudar a criança levantar-se. Esta ajuda deverá ser feita por outra pessoa (professor ou aluno), que ficará de frente para o executante, de modo que quando este termine o rolamento, possa dar as mãos para o ajudante, conforme FIG. 6, tendo, assim, maior facilidade para levantar-se.

FIGURA 6
Fonte: (Gómez, 1989: 164)
Parada de dois apoios: (Apoio invertido ou parada de mãos)
Há outros tipos de rolamentos, como, por exemplo, o rolamento para trás grupado, carpado, o rolamento para frente afastado. Todos eles devem ser aprendidos passo-a-passo, lembrando que a ajuda é recurso pedagógico importante, e, quando necessária, deve ser sempre utilizada.
   
Objetivos formativos de sua aprendizagem: Desenvolver principalmente o equilíbrio estático, reconhecimento da posição invertida do corpo e excelente atividade para ganho de consciência da tonicidade corporal (tônus muscular contraído).
 
Material: Área plana gramada ou colchões para ginástica, saquinhos de tecido, de aproximadamente 10cm x 20cm, com recheio de areia; giz ou arcos (bambolês de plástico)
Descrição técnica da parada de dois apoios ou parada de mãos: "o executante deverá estar em equilíbrio estático na posição invertida sobre suas mãos, com os braços paralelos e bem estendidos" (SANTOS, 1985:54). Para chegar nesta posição, faz-se um movimento no plano sagital, deslizando uma das pernas à frente do corpo, elevar os braços estendidos, colocando-os ao lado das orelhas, em alinhamento com o tronco. Inclinar o tronco à frente, flexionando a articulação do quadril sobre o eixo transversal do corpo, com semi-flexão do joelho da perna anterior. Apoiar as mãos no solo, à largura dos ombros, lançando a perna de trás para o alto, com o joelho em extensão, sendo que a outra perna será lançada imediatamente após a primeira, unindo-se a ela na vertical, completamente estendidas e com os pés em flexão plantar. A cabeça deverá ficar alinhada ao tronco. A posição deverá ser mantida por dois segundos em equilíbrio estático, e depois o ginasta poderá descer as pernas alternadamente, estendidas, em direção ao solo. A primeira perna a tocar o solo irá fazer ligeira flexão de joelho, estendendo-se ao final, após elevação do tronco, finalizando de pé, na posição ortostática.
 
Formas de ajuda: é importante ajudar o executante a chegar na posição invertida, conduzindo-o pela coxa lançada. Ao chegar na posição de apoio invertido, a ajuda de sustentação deverá ser feita segurando-se com ambas as mãos em uma das coxas do executante. (O ideal é que duas pessoas façam a ajuda, uma em cada coxa). A seguir, a mão que apoiava a parte anterior da coxa descerá para o abdome, amparando o retorno das pernas ao solo, e a mão que segurava a coxa na sua parte posterior deverá auxiliar segurando no braço do executante, no movimento em que ele erguerá o tronco no final da parada de mãos.
 
 
Sugestões de atividades individuais (Gómez, 1989: 153):
 
a)  Devemos fazer, inicialmente, com que as crianças acostumem-se a sustentar o peso do corpo sobre os braços, com a elevação dos quadris.  Para isto, podemos utilizar atividades tais como:
 
- Deslocamento em quadrupedia, em decúbito ventral, e ao sinal do professor, eleva-se o quadril, estendendo os joelhos ao máximo (FIG. 1)



FIGURA 1
Fonte: (Gómez, 1989: 154)
 
- Semelhante ao exercício anterior, porém, ao sinal, os alunos deverão elevar uma das pernas estendidas atrás e ao alto.
- Deslocarmento em quadrupedia alta, com as pernas semi-flexionadas e passos alternados. Ao sinal do professor, firma-se as mãos no solo, estende-se bem os braços, e, com as pernas unidas e joelhos estendidos, a passos curtos desloca-se elevando e abaixando o quadril. Ao segundo sinal retorna-se ao deslocamento inicial, em quadrupedia alta.
- Cada aluno em seu lugar, apoiando as mãos no solo à frente do corpo, na largura dos ombros, braços estendidos. Dar pequenos impulsos com as pernas, elevando o quadril e retirando os pés do solo. (FIG. 2) Poderá ser também solicitado aos alunos que, no momento em que os pés estiverem no alto, tentem bater palmas com os pés. Quanto maior o número de palmas, melhor domínio do apoio invertido o aluno terá desenvolvido.

FIGURA 2
Fonte: (Gómez, 1989: 154)
- Agora em deslocamento, alternando o apoio de pés e mãos no solo, com os braços estendidos.
- Colocar um saquinho de areia entre os tornozelos da criança e pedir-lhe que se desloque para frente, alternando o apoio de mãos e pés no solo, braços estendidos. (FIG. 3)
- Deslocando-se como descrito anteriormente, ao sinal a criança deverá soltar seu saquinho de areia e pegar o de um colega.
 
- Pedir agora aos alunos que, na posição de quadrupedia, lancem o saquinho de areia para o alto e para frente com os pés. Apoiando as mãos no solo, à largura dos ombros e com os braços estendidos, lançar o quadril para cima e depois as pernas unidas, soltando o saquinho no alto da trajetória, tentando lançá-lo o mais alto possível. (FIG. 4)

  
FIGURA 3                                            FIGURA 4
Fonte: (Gómez, 1989: 155)

Em posição de quadrupedia, com quadril alto, lançar alternadamente as pernas estendidas para cima. Depois pedir às crianças que se desloquem nesta posição, alternando o apoio de mãos e pés, com os braços bem estendidos, e a perna que estiver sendo lançada atrás também estendida. (FIG. 5)
FIGURA 5
Fonte: (Gómez, 1989: 155)
Sem deslocar-se, apoiar as mãos no solo à frente do corpo, à largura dos ombros, braços estendidos, uma perna à frente da outra, flexionar um pouco a perna da frente e  lançar a perna de trás estendida para o alto, a outra perna é lançada logo após a primeira. A perna que foi laçada primeiro desce na frente, em direção ao solo, acompanhada logo a seguir da outra. O movimento se assemelha ao de uma tesoura com as pernas no ar. O aluno deverá dar sucessivos “chutes” alternados com as pernas e os braços estendidos.( FIG. 6)
- Mesmo exercício anterior, porém, tentando equilibrar-se por alguns instantes na posição de apoio invertido, descendo as pernas alternadas e finalizando de pé. (FIG. 7)






FIGURA 6                                                                                  FIGURA 7
Fonte: (Gómez, 1989: 156)
 
- Desenhar no solo com giz círculos de aproximadamente 80cm de diâmetro (um círculo para cada aluno), ou colocar vários arcos (bambolês) espalhados no chão. Pedir às crianças que andem livremente entre eles. Ao se aproximar de um círculo, apoiar as mãos no solo dentro do mesmo e das “tesouradas” com as pernas estendidas no ar. Logo o seguir, deverá retomar sua caminhada sinuosa. (FIG. 8)
- Sem deslocar-se, um aluno em cada círculo, pedir aos mesmos que apoiem as mãos dentro do círculo e mantenham os pés fora, uma perna à frente da outra. A criança deverá lançar as pernas alternadamente, tentando girar para um dos lados. Deixar que a criança gire para o lado que ela tenha mais facilidade. (FIG 9)


FIGURA 8                                          FIGURA 9
Fonte: (Gómez, 1989: 156)
 - Uma perna à frente da outra, inclinar o tronco à frente, flexionando um pouco a perna da frente, apoiar as mãos no solo, à largura dos ombros, mãos espalmadas e braços bem estendidos. Lançar as pernas alternadas e estendidas para trás e para o alto, primeiro a que estava mais atrás, depois a outra, unindo-as no alto. A perna que foi laçada primeiro desce na frente, em direção ao solo, acompanhada logo a seguir da outra. Terminar na mesma posição de início do movimento. (FIG. 10)
 - O mesmo exercício anterior, onde o aluno tenta, no momento em que as pernas estiverem no alto, golpear um pé contra o outro o maior número de vezes possível, com as pernas estendidas, descendo à posição de pé logo a seguir. (FIG. 11)
- Parada de mãos com ajuda do professor ou de um colega, conforme FIG. 12. Pode-se utilizar também o apoio de uma parede para a execução da parada.




FIGURA 10                                                      FIGURA 11                    FIGURA 12
(Gómez, 1989: 58)                                 (Gómez, 1989)     (Arnold & Zinke, 1983)


Atividade 6
em breve