O aluno terá a oportunidade
de aprender e conhecer os brinquedos e brincadeiras indígenas, tendo ainda a
oportunidade de valorizar uma cultura diferente da sua, valorizando e
respeitando.
Seqüência Didática para brincadeiras indígenas – Ensino Fundamental I
1º
Momento: oportunizar o aprendizado referente à cultura indígena com relação aos
brinquedos e as brincadeiras.
Dispostos em um grande círculo disponha imagens de
crianças indígenas brincando. Inicie uma conversa sobre as diferenças e
semelhanças das brincadeiras que costumam brincar.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22766
http://indioapinaje.blogspot.com.br/2011/11/um-pouco-da-historia-da-crianca.html
http://www.indioeduca.org/?p=405
http://alfredosilvawapixana.blogspot.com.br/2010/07/nossas-criancas-precisam-de-nos.html
http://universodacriancaindigena.blogspot.com.br/http://www.pragentemiuda.org/2012/04/vamos- fazer-uma-bola-de-coco.html
http://brincadeirasdeprofessor.blogspot.com.br/2010/04/vamos-brincar-de-indio.html
2º Momento: Atividade para o Laboratório de
informática.
Escolha alguns vídeos
referente à cultura indígena e também referente às brincadeiras das crianças
indígenas. Proporcione a oportunidade para assistir e escrever as observações
importantes.
3º Momento: vivenciar algumas brincadeiras
indígenas
Adapte as brincadeiras aos
seus alunos, mas não esqueça de contar a brincadeira original.
Ikindene
È um tipo de luta, disputado entre dois jogadores.
Os lutadores com muitos ornamentos como pinturas corporais, cintos, tornozeleiras,
colares de caramujos e feixes de lã nos braços e joelhos.
È uma atividade que desenvolve força, resistência e
concentração e coragem.
O objetivo do Ikindene
é derrubar o oponente no chão; mas um simples toque de mão na perna do
adversário acaba com a luta. O vencedor é aquele que consegue tocar a perna do
adversário ou que consegue derrubá-lo.
Obs: importante ter alguns cuidados com
a segurança, realizar a atividade sobre um tatame.
Ta
São dois times que tem por objetivo atacar o TA (roda de palha
recoberta com cortiça de embira (uma árvore típica da região do cerrado) ainda
verde e que tem o mesmo nome do jogo: ta.)
usando um arco e flecha. Os times, dispostos em fileiras bem distantes entre
si. Um jogador assume a função de lançador e atira o brinquedo pelo ar na
direção do time adversário. À medida que o Ta,
rodando, entra em contato com o chão e vai passando em grande velocidade pela
frente dos jogadores do time adversário, eles tentam, um após outro, acertá-lo
com suas flechas. Caso ninguém acerte,
os times mudam de posição e funções, quando acertam o time continua no ataque.
O lançador é substituído a cada jogada sem sucesso.
Este jogo desenvolve a precisão, a pontaria e a
concentração.
Obs: Pode-se
utilizar material reciclado, e reservar uma aula para a confecção do material
necessário para o Jogo. Ao invés de flechas podemos utilizar bolinhas.
Heiné Kuputisü
Consiste em uma corrida num Pé só de um ponto a outro.
Se o jogador conseguir ultrapassar a meta é
considerado um vencedor, mas se parar antes de chegar na linha final, é sinal
de que ainda não tem a capacidade esperada e precisa treinar mais. Apesar de a
velocidade não ser o mais importante, todos tentam fazer o caminho o mais
rápido que podem, mas no fim, vence quem foi mais longe.
Toloi Kunhügü
O "gavião" desenha na areia uma grande árvore, cheia
de galhos, e as outras crianças fazem de conta que são passarinhos. Cada
"passarinho" escolhe um galho, onde monta seu ninho e senta-se nele.
O gavião sai à caça dos passarinhos, que saem dos
seus ninhos e se reúnem num local bem próximo à “árvore”, batendo os pés no
chão e provocando o gavião com barulhos. O gavião (engatinhando) avança
lentamente na direção dos passarinhos. Já bem perto do grupo, dá um pulo e
tenta pegar os passarinhos que começam a correr em todas as direções, fazendo
muitas manobras para distrair o gavião. Para descansar, protegem-se nos seus
ninhos. O gavião, quando consegue apanhar um dos passarinhos, prende-o no seu
refúgio, que fica próximo ao pé da árvore. O último passarinho que conseguir
escapar e não ser "caçado" pelo gavião, se transforma no novo
“gavião”. O jogo desenvolve diversas habilidades, tais como a concentração, a
velocidade de movimento, a agilidade e a percepção espaço-temporal.
Jogo de
gavião
As crianças formam uma grande fila, cada um
agarrando o corpo do colega da frente com as mãos. A brincadeira pode começar
com a criança mais alta do grupo, representando o gavião. Este se posta a
frente da fila e grita: piu! ( significa que o gavião está com fome). O
primeiro jogador da fila estende a perna direita depois a esquerda para frente
e pergunta: quer isso? O gavião responde negativamente, repetindo a brincadeira
com cada jogador até chegar à última criança. A esta o gavião diz sim e parte
para sua perseguição, correndo para qualquer lado da fila. Os demais jogadores
tentam impedir que o gavião pegue o último da fila, contorcendo a “corrente”
para a esquerda e para direita. Se o gavião conseguir atingir o seu objetivo,
volta a seu posto para fazer uma nova tentativa.
Quando conseguir pegar a presa, leva-a para um
lugar escolhido como seu ninho, prosseguindo o jogo até que o último da fila
tenha sido pego.
Jogo do peixe
pacu
Como na brincadeira anterior, as crianças formam a
corrente, enquanto alguém é escolhido para ser o pescador. A fila começa a se
mexer, feito uma serpente e seus integrantes cantam waitá ma-ge lé ta-pe-wai (este
é um pacu). O pescador corre ao longo da fila para tentar tocar o último
jogador com uma vara ou um pedaço de pau, que representa a vara de pescar,
enquanto as crianças que formam a corrente procuram impedir o seu objetivo.
Jogo dos
patos marreca “wawin”
É uma brincadeira que simula a caça aos patos. Os
participantes formam uma grande fila, cada um segurando o da frente, com os
mais fortes puxando a fila. Estes saem correndo rápido, em ziguezague, de
maneira que o extremo posterior da corrente se agita, fazendo os pequenos
caírem com frequência. De repente, todos param, simulando o momento em que os
patos entram na água. Um menino entre os maiores vira caçador e começa a
disparar com as mãos nos patos (as crianças menores), fazendo tac-tac-tac. Um a
um, os patos que são tocados com as mãos estendidas do caçador caem no chão,
“mortos”, e levados com presas até que não sobre nenhum.
SOL E LUA - üacü rü tawemüc’ü
Essa brincadeira também é conhecida em outras
localidades com outros nomes como PASSARÁ DE BOMBARÉ.
Crianças dispostas em coluna por um, segurando na
cintura do que está à frente. Duas outras crianças, representando o SOL E A
LUA, fazem uma “ponte”, mantendo as mãos dadas acima. Cantando, as crianças
passam sob a ponte várias vezes. Numa das vezes o Sol e a Lua prendem o último.
Pergunta-lhe para que lado quer ir. A criança escolhe e vai colocar-se atrás do
Sol ou da Lua. E assim continuam até terminar.
GAVIÃO E GALINHA - O’ta i inyu.
Uma criança é escolhida para ser o gavião. Outra
criança representa a galinha, que fica de braços abertos, tendo atrás de si
todos os seus pintinhos (as outras crianças). O gavião corre para tentar
segurar um dos pintinhos, mas só pode pegar o último. A galinha tenta evitar
dando voltas e mais voltas, impedindo que o gavião pegue seu pintinho. O gavião
só pode pegá-lo pelo lado. Não pode tocar por cima. Quando ele consegue
pegar o pintinho, a criança fica de fora da brincadeira. Algumas vezes a
criança passa a ser também gavião.
Jogo da onça
Este jogo é jogado no chão, com o tabuleiro traçado
na areia. No lugar de peças, os índios utilizam pedras. Uma pedra representa a
onça e outras 14, bem parecidas, representam os cachorros. Ele é jogado por
dois jogadores. Um deles atua como onça, com o objetivo de capturar os cachorros
do adversário. A captura é feita como no jogo de damas. O jogador que atua com
os cachorros tem o objetivo de encurralar a onça e deixá-la sem possibilidade
de movimentação.
Cama de Gato
Nesse jogo os indígenas formam diversas figuras
usando um fio tecido de buriti. Os desenhos são figuras ligadas à cultura
indígena como morcegos, gaivota, peixinhos, tucunaré e cobra.
Perna de pau
Em uma aldeia xavante, no
Mato Grosso, quando as crianças têm vontade de andar nas pernas de pau, saem em
grupos para o mato levando consigo seus facões. Precisam encontrar o brinquedo
que está pronto e escondido em alguma árvore da mata, só aguardando a vinda de
alguém. Procuram por horas um tronco longo e reto, e que tenha na ponta uma
forquilha (uma divisão no formato da letra Y, onde se apóia o pé) nem muito
curva, nem muito aberta. Essa busca seria mais simples se a aldeia não
estivesse situada bem no meio do cerrado brasileiro, uma região de árvores
baixas com troncos bastante tortos.
Encontrado o tronco com essas características, logo
surge o segundo desafio: achar o par para ele. Dessa forma, uma “caçada” às
pernas escondidas na mata pode durar uma manhã inteira.
As forquilhas não permitem que os pés fiquem
paralelos ao chão, eles ficam retorcidos para dentro, causando um certo
desconforto para quem anda sobre elas. Mesmo assim, as crianças xavante gostam
de provar que são fortes e resistentes, o desafio é conferir quem consegue
andar a maior distância possível sem cair.
CABAS - Maë
As crianças são divididas em dois grupos: um de
roçadores e outro que representa as cabas. Essas sentam-se frente à frente numa
pequena roda, cada uma segurando na parte de cima da mão do outro, como se
fosse o ninho de cabas. Cantam e balançam as mãos para cima e para baixo. Os
roçadores fazem movimentos com os braços, como se estivessem roçando sua
plantação até chegar próximo ao ninho de caba. Um deles, sem perceber bate no
ninho e as cabas saem a voar e a picar os roçadores. É um salve-se quem puder.
As cabas ou marimbondos são insetos muito comuns
nas matas. Uma picada de caba pode ocasionar muita dor, febre e moleza na
pessoa, que às vezes fica um dia sem poder trabalhar, dependendo do local onde
foi picado. A moral dessa história é que "quem mexe em casa de caba acaba
picado por ela".
Diz a lenda que: "Yoí foi o primeiro homem que existiu. Ele era só no mundo.
Então, perto dele existia essa caba. O nome dessa caba era MATIE. Mas essa caba
não queria que Yoí existisse, nem que ninguém existisse no mundo. A caba vivia
brigando o tempo todo com Yoí. Quando Yoí tirou as crianças do seu joelho (a
origem dos Tikunas conta que Yoí e seus irmãos nasceram do joelho de Nhupata,
pai de todos), a caba continuou querendo matá-lo e as crianças também. As cabas
viviam numa casa, construída no galho da árvore, que balançava ao vento. Então
essa história conta essa briga do Yoí com as cabas".
É exatamente essa a história que as crianças contam
nessa brincadeira. Até os movimentos do ninho balançando na árvore é bem
representado pelas mãos colocadas uma sobre a outra.
GAVIÃO E
GALINHA - O’ta i inyu.
Uma criança mais forte é escolhida para ser o
gavião, ave forte e comedora de pintinhos. Outra criança representa a galinha,
que fica de braços abertos, tendo atrás de si todos os seus pintinhos. O gavião
corre para tentar comer um dos pintos, mas só pode pegar o último. A galinha
tenta evitar dando voltas e mais voltas, impedindo que o gavião pegue seu
pintinho. O gavião só pode pegar o pinto pelo lado. Não pode tocar por cima.
Quando ele consegue, come o pintinho, ou seja, a criança fica de fora da
brincadeira. Algumas vezes a criança passa a ser também gavião.
Essa é uma brincadeira comum entre as crianças.
Quase todos conhecem. Em outra localidade pode até mudar de nome, mas sempre há
a figura do gavião como aquela fera que vem para comer os pequenos animais que
não podem se defender.
Segundo a lenda: "essa
brincadeira existe desde o tempo de Yoí. Esse mesmo povo, os Tikunas, existiam
e então apareceu uma fera, no caso o gavião, que na gíria se chama INYU. Essa
fera vinha pegar crianças e velhos que não sabiam se defender. Um dia a fera
deixou de aparecer. E para não morrer a tradição, hoje as crianças brincam de
gavião e galinhas, representando a história, que um dia foi verdadeira".
MELANCIA -
Woratchia
Crianças representam as melancias, ficando
agachadas, em posição grupada, com a cabeça baixa, espalhadas pelo terreno.
Existe o dono da plantação de melancias, que fica cuidando, com dois cachorros.
Existe outro grupo, que representa os ladrões.
Os ladrões vêm devagar, e experimentam as melancias
para saber quais estão no ponto de colheita, batendo com os dedos na cabeça das
crianças. Quando encontram uma melancia boa, enfiam-lhe um saco, e saem
correndo com ela. É aí que o cachorro corre atrás do ladrão para evitar o
roubo.
BRIGA DE GALO
- ota
arü nü
Crianças aos pares, em apoio numa das pernas,
segurando no tornozelo da perna livre flexionada para trás. A outra mão fica ao
peito. Ao sinal, uma criança tenta desequilibrar a outra, empurrando com o
ombro. Ganhará aquele que conseguir ficar mais tempo em equilíbrio, ou seja,
aquele que levar menos tombos.
Vê-se que este é um jogo de disputa acirrada.
Entram aqui as qualidades de equilíbrio, força e atenção. Cada criança quer
manter-se de pé, e faz de tudo para derrubar o colega. Um não pode perder o
controle sobre o outro, sob pena de ser derrubado.
Segundo a lenda:
"Havia um Rei, que tinha uma filha. E foi trabalhar na casa do rei um
rapaz chamado João. Este apaixonou-se pela filha do rei e ela por ele. João
roubou a moça. E para ganhar o Rei, sabendo que ele gostava de briga de galo,
João treinou dois galos e levou ao rei para que ele apreciasse a briga".
CURUPIRA
Uma criança fica com os olhos vendados. A outra vem
e faz com que aquela dê três voltas girando. Depois, ela pergunta: "que tu
perdeu"? E ela responde "perdi uma agulha; perdi um terçado; E todas
as crianças fazem suas perguntas. Quando chega a vez da última criança, esta
pergunta-lhe o que o Curupira quer comer. Quando o curupira tira a venda e vê
que não tem a comida que ele pediu, sai correndo atrás das crianças e todos
saem em disparada para não serem apanhados. Quem for apanhado passa a ser presa
do curupira ou vai desempenhar o seu papel
Essa brincadeira assemelha-se a algumas do nosso
conhecimento, tipo "cabra cega". Não conseguimos entender por que
chama-se Curupira. O Curupira é uma figura lendária amazônica que tem a cabeça
virada para trás. Não há nada na brincadeira que lembre a figura do Curupira.
PIRARUCU
Em círculo, de mãos dadas, uma criança no centro.
Essa criança que está no centro desloca-se e ao pegar no braço do colega
pergunta-lhe "qual é essa madeira?". A outra criança responde pelo
nome de uma madeira da região. A seguir, o "pirarucu" apoia-se e
senta-se nos braços de dois colegas, que o lançam para o ar. Prossegue assim
até terminar a roda. Quando termina, começa a fuga. O pirarucu corre e tenta
sair do "lago" simbolizado pela roda. Os colegas, de mãos dadas,
tentam impedir a saída com os braços, que representam madeiras fortes. Quem não
consegue evitar a saída vai substituí-lo.
CORRENTE
Crianças dispostas em
fileira, de mãos dadas. A última será o guia a puxar a corrente, e virá passar
por baixo dos braços das duas primeiras. A penúltima criança da corrente nunca
passa por baixo, ficando com o braço cruzado à frente de corpo. Na continuação,
passarão por baixo dos braços de cada dupla, até terminar. E ao terminar,
estarão todos de braços cruzados à frente do corpo.
BRINQUEDOS
CONFECCIONADOS
Você pode confeccionar os brinquedos juntos com os
alunos e brincar.
- ARCO E FLECHA
- BALADEIRA (estilingue)
- COQUITA
- PIÃO
- PETECA (de pena)
- BOLINHA DE BARRO
4º Momento: Registrar opiniões
Esta é a hora de
registrar a opinião dos alunos, seja por produção de texto , filmagem, cartazes,
enfim existe um leque de possibilidades.
Seqüência Didática para Jogos indígenas –
Ensino Fundamental II
1º
Momento: oportunizar o aprendizado referente à cultura indígena com relação aos
jogos brinquedos e as brincadeiras.
Nesse primeiro momento enfatize os objetivos dos
jogos através dos textos a baixo.
Jogos dos Povos Indígenas
"O
importante não é competir, e sim, celebrar"
Em sua
sabedoria milenar, a cultura indígena valoriza muito o celebrar. Suas festas
são manifestações alegres de amor à vida e a natureza. Têm como referência em
suas tradições a espiritualidade, que é a dimensão da vida criada por um ser
superior, tendo nos elementos da natureza - árvores, pássaros, animais, rios,
lagos, matas - a grandeza da vida.
Essa tradição
não tem sentido de coisa passada e sim na busca da memória, que é transmitida e
atualizada de geração a geração, respeitando-se assim esses valores, adquirindo
o dom da partilha em comemorar uns com os outros, vivendo a gratuidade do
festejar.
Com a chegada
da "nova civilização", as comunidades indígenas criaram outros
mecanismos políticos, sociais e econômicos. Foi desse contexto que nasceu a
idéia da criação dos Jogos dos Povos Indígenas, um segmento que nunca fora
antes pensado, cuja função e objetivos ganham cada vez mais o caráter de
composição da grande família. Todos participam, promovendo a integração entre
as diferentes tribos com sua cultura e esportes tradicionais.
Nasce um novo
conceito de se fazer, conhecer e se estabelecer uma relação de igualdade com a
sociedade envolvente. Somente o esporte possibilitará esse momento de respeito
às diferenças e de promover a diversidade cultural étnica que caracteriza os
indígenas brasileiros.
Carlos
Justino Terena
http://www.funai.gov.br/indios/jogos/jogos_indigenas.htm
Objetivos dos Jogos
Além do objetivo principal de integrar os povos e mostrar aos “brancos” um pouco da cultura indígena, os Jogos Indígenas também têm como finalidade:
- proporcionar a cada participante o
conhecimento de novas modalidades esportivas tradicionais;
- incentivar o coletivo na prática dos esportes tradicionais e, como conseqüência, propiciar uma vida mais digna e respeitosa no inter-relacionamento com toda a sociedade envolvida;
- criar um novo conceito de se fazer conhecer e estabelecer uma relação de igualdade com a sociedade;
- incentivar o coletivo na prática dos esportes tradicionais e, como conseqüência, propiciar uma vida mais digna e respeitosa no inter-relacionamento com toda a sociedade envolvida;
- criar um novo conceito de se fazer conhecer e estabelecer uma relação de igualdade com a sociedade;
- possibilitar através do esporte um
momento de respeito às diferenças e de promoção da diversidade cultural e
étnica que caracteriza os indígenas brasileiros;
- demonstrar e possibilitar o
intercâmbio das manifestações esportivas e culturais de cada povo indígena;
- resgatar e incentivar nas etnias
indígenas, as práticas de seus esportes tradicionais;
- fazer com que a sociedade não
indígena conheça e valorize a cultura e os esportes tradicionais, tendo como
conseqüência, afastar o preconceito e estimular o respeito.
* Fonte: Fundação Nacional do Índio - FUNAI
2º Momento: Atividade para o Laboratório
de informática.
Escolha
alguns vídeos referente à cultura indígena e também referente aos jogos
indígenas. Proporcione a oportunidade para assistir e escrever as observações
importantes.
Observe
através de imagens como são a pintura corporal e sugira que façam anotações.
http://www.berohoka.com.br/Noticia/3,5500,0,0,0,0/Jogos_dos_Povos_Indigenas_de_2013_ja_contam_com_RS_100_mil_no_orcamento.html
http://www.suzieclavery.com.br/tag/objetivo/
3º Momento: vivenciar algumas das provas
dos jogos indígenas
Adapte as provas
aos seus alunos, mas lembre-se de mencionar o espírito festivo dos jogos
indígenas.
Arco e Flecha
Os povos indígenas usavam muito esse instrumento
como arma de guerra. Atualmente, é usado para a caça, pesca e rituais, e
tornou-se também uma prática esportiva, sendo disputada entre aldeias e até com
não-indígenas. Na maioria das tribos indígenas brasileiras, o arco é feito do
caule de uma palmeira chamada tucum, de cor escura, muito encontrada próxima
aos rios. O povo Gavião, do Pará o confecciona com a madeira de cor vermelha
chamada aruerinha. Os povos do Xingu utilizam o pau-ferro, o aratazeiro, o pau
d'arco e o ipê amarelo. Os índios do alto Amazonas usam muito a pupunha, e as
tribos da língua tupi são as únicas que, às vezes, utilizam a madeira das
palmeiras. O padrão do tamanho do arco obedece à necessidade de seu uso, de
acordo com a cultura de cada povo.
A flecha é feita de uma
espécie de bambu, chamada taquaral ou caninha. A ponta é feita de acordo com a
tecnologia de cada etnia. Há aquelas flechas mais longas e as pontas tipo
serra, muito usada para a pesca. Outras pontas são feitas com a própria madeira
da flecha. Alguns povos colocam ossos e mesmo dentes de animais. Há outras
flechas praticamente sem ponta, mas com uma espécie de esfera (coquinhos),
usada na caça aos pássaros. O objetivo é abater a ave e evitar ferimentos na
pele ou danos às plumas e penas. Há também um outro armamento semelhante ao
arco, em que se arremessa pedra, chamada bodoque.
A diversidade em seu uso: A
necessidade do uso no dia-a-dia levou os povos indígenas à criação de uma
variedade imensa de tipos de arcos, flechas e pontas de lança. Antropólogos
estudiosos acreditam que o arco e flecha é o instrumento mais utilizado entre
os povos indígenas. Os numerosos detalhes técnicos de fabricação, utilização e
ornamentação tornam complexo o estudo antropológico dos tipos de arco e flecha
em cada tribo. Numa mesma tribo, etnólogas como Berta G. Ribeiro e Wilma Chiara
se depararam com diferentes tipos, adequados para determinadas situações. Os
povos xinguanos, no Estado de Mato Grosso, são exímios praticantes da pesca com
arco e flecha. Na caça de animais de pequeno, médio e grande porte, todos os
povos indígenas utilizam o arco e flecha, apesar de hoje, alguns já estarem
substituindo-o pela arma de fogo.
Na preparação de seus
jovens os guerreiros Ashaninka, que habitam sudoeste do Estado do Acre,
fronteira com o Peru. Os Gavião Kyikatêjê e Parakatege, da Reserva Mãe Maria,
no sul do Estado do Pará, praticam um exercício chamado de apãnare, que é o
lançamento de flecha em que o "alvo" é um guerreiro, que, com sua
destreza, concentração e habilidade pára a flecha com as mãos. No passado, os
Xavante também tiveram um exercício semelhante, mas hoje quase não é mais
praticado. Consiste no arremesso da flecha no sentido horizontal, aparada com a
mão, antes de cair ao chão. Os Guaikuru, valentes guerreiros, que desapareceram
no começo do século passado, foram os únicos indígenas, exímeos atiradores de
arco e flecha, em movimento, montados à cavalo. Outro exercício revelador da
habilidade com o arco e flecha, praticado pelos Gavião -Kyikatêjê e Parakatege
é chamado de kaipy e utiliza a folha de palmeira, apoiada sobre duas madeiras
fixas ao solo. O guerreiro se distancia em aproximadamente 10 a 20 metros, arremessando a
flecha em direção à folha da palmeira. A ponta da flecha acerta exatamente o
caule e, resvala, ganhando velocidade em busca do seu alvo. Entre esse povo
existe a prática de arremesso à distância, praticado também pelas mulheres.
Entre muitas tribos, se praticam o exercício de precisão, utilizando frutos
nativos como a manga, laranja, caule da bananeira e outros.
A prática como esporte: A
primeira atividade no âmbito esportivo intertribal que se tem notícia ocorreu
em 1997, no I Jogos dos Povos Indígenas, realizado em Goiânia. A iniciativa,
idealizada pelo índio Carlos Terena, resultou do patrocínio do Ministério dos
Esportes e da parceria com o governo do Estado de Goiás do Comitê Intertribal e
o apoio da FUNAI. Nessa primeira edição dos Jogos Indígenas foram usadas as
flechas cedidas pela organização dos jogos, não havendo um grande
aproveitamento na precisão dos lançamentos. Nos outros jogos que se seguiram
nas cidades de Guaíra-PR (1999) e Marabá-PR(2000), cada competidor trouxe os
seus próprios arcos e flechas.
Segundo Terena, "ao
trazer seu próprio equipamento, o atleta aprimorou sua demonstração e
possibilitou o uso mais apurado, pois sendo um objeto de uso pessoal, permitiu
o exercício da técnica de cada guerreiro ao retesar a corda, na calibragem da
flecha e na habilidade de seu lançamento". Terena explicou que a variedade
de arcos e flechas ganha um único objetivo que é o alvo. Para associá-lo às
culturas, os índios se reuniram e resolveram decidiram que o alvo seria o
desenho de uma anta, muito caçada tanto no centro-oeste e no sul (I Jogos, em
Goiânia e II, em Guairá, no Paraná). Em Marabá, onde os Jogos foram realizados
na beira do rio Tocantins, praia do Tucunaré, os indígenas optaram pelo desenho
de um peixe, o tucunaré, abundante nos rios da região.
Com a repercussão dos Jogos
Indígenas, a Federação Matogrossense de Tiro com Arco criou, em junho de 2001,
o I Campeonato Estadual de Arco Nativo, para o qual convidaram os índios
Gavião, de Rondônia, e os Xavante, do Mato Grosso. Na competição, os atletas
participantes, inclusive os não-índios, tiveram de utilizar o arco nativo,
confeccionado pelos próprios índios. No período de 01 a 05 de novembro de 1999,
foi realizado o II Campeonato Brasileiro de Arco Nativo, na Chapada dos
Guimarães, MT, que contou com a presença de 15 povos indígenas. Com essas
experiências, abriu-se um canal de conversação junto ao presidente da
Confederação Brasileira de Tiro com Arco. O objetivo futuro é aproveitar essas
habilidades indígenas na preparação dos atletas indígenas com as técnicas
apuradas, visando a participação em Jogos Olímpicos Nacionais
e internacionais.
Como modalidade nos
jogos: Prova: O Arco e Flecha é uma
prova individual masculina Cada delegação indígena deverá inscrever no máximo
02 (dois) atletas, sendo essa modalidade uma competição individual. Cada atleta
terá o direito a 03 (três) tiros, e deverá trazer o seu próprio equipamento
(arcos e flechas). Caso haja algum problema no equipamento, o atleta poderá
substituí-lo ou solicitar tempo para reparo. O alvo será o desenho de um peixe
e a distância de aproximadamente 30 metros. A contagem de pontos reunirá a soma
de acertos em cada área do alvo, com pontuação variadas e previamente definidas
pela Comissão Técnica. Haverá uma primeira etapa eliminatória, que classificará
para a segunda. Nessa fase, inicia-se uma nova contagem de pontos, que irá
definir o primeiro, segundo e terceiro colocados. Somente 12 atletas, com as
melhores pontuações, disputam a final. Outros detalhes serão definidos no
Congresso Técnico da modalidade.
Modalidade praticada para medir a força física, o
cabo de guerra é muito aceito entre as etnias participantes de todas as edições
dos Jogos, como atrativo emocionante, que arranca manifestação da torcida
indígena e do público em
geral. Permite a demonstração do conjunto de força física e
técnica, que cada equipe possui. É uma das provas mais esperadas pelos atletas,
pois muitas equipes treinam intensamente em suas aldeias, puxando grandes troncos
de árvores. Isso porque, para os indígenas a força física é de suma
importância, dando o caráter de destaque e reconhecimento entre todos. Na
preparação de seus guerreiros, os índios sempre procuraram meios de desenvolver
e medir a coragem e os limites de sua capacidade na força física. É realizada desde os I Jogos por atletas, com a participação de
homens e mulheres. Competição/Prova: Cada delegação poderá inscrever no máximo
duas equipes (masculina e feminina), compostas de 10 atletas e dois reservas.
Haverá sorteio para compor as chaves de acordo com o número de equipes
inscritas. Será utilizado o sistema de eliminatória simples na primeira e em
todas as fases subseqüentes, até se chegar a um ganhador maior. Detalhes serão
definidos no Congresso Técnico.
Canoagem
A canoa é utilizada como meio de transporte e para a pesca, sendo essencial na vida dos índios. Naturalmente, cada povo tem uma maneira para fabricá-la. Os Bakairi utilizam a casca de jatobá. As canoas dos Karajá são mais estreitas que as outras, por serem feitas de um tronco mais fino, atingindo maior velocidade nas águas, difíceis de serem conduzidas. Os povos do Amazonas, como os Munduruku, usam o fogo para fazer a cava no tronco da árvore do Itaúba.
A canoa é utilizada como meio de transporte e para a pesca, sendo essencial na vida dos índios. Naturalmente, cada povo tem uma maneira para fabricá-la. Os Bakairi utilizam a casca de jatobá. As canoas dos Karajá são mais estreitas que as outras, por serem feitas de um tronco mais fino, atingindo maior velocidade nas águas, difíceis de serem conduzidas. Os povos do Amazonas, como os Munduruku, usam o fogo para fazer a cava no tronco da árvore do Itaúba.
COMPETIÇÃO/PROVA: Cada
delegação deverá inscrever uma equipe de 02 (dois) atletas. A prova será
realizada em rio ou lago aberto, cujo local específico, distância e percurso
serão definidos pela Comissão Técnica que serão divulgados, posteriormente no
Congresso Técnico. Será permitido aos competidores o reconhecimento prévio do
percurso e das canoas. Haverá sorteio das canoas, entre as equipes, em todas as
baterias. Apenas o primeiro colocado de cada bateria participará da fase final
composta por um número de equipes correspondentes ao número de canoas
disponíveis no evento, quando serão definidos o ganhador maior.
O
vencedor será identificado pela arbitragem a partir da passagem da ponta da
proa (ponta) da canoa, na linha demarcatória. Outros detalhes serão definidos
no Congresso Técnico. Cada competidor trará o seu próprio remo.
Desde o
início dos Jogos, para organizar a competição dessa modalidade houve grande
preocupação, pois cada etnia possui tecnologia própria para a fabricação de sua
canoas, feitas artesanalmente, mas sem obedecer a um padrão exato de tamanho e
peso. O problema foi resolvido escolhendo-se as canoas dos Rikbatsa, norte de
Mato Grosso, exímios canoeiros. Suas canoas ofereciam condições de aceitação
pela maioria dos povos participantes nos jogos, foram adotadas e aprovadas para
as competições, sendo sorteadas entre os participantes. Portanto, a partir dos
III Jogos, os competidores passaram a usar canoas de fabricação tradicional
rústica, feitas em madeira pelos índios Rikbatsa.
Prova: A realização dessa modalidade passou por
várias experiências de adaptação para a definição de seu formato. Chegou-se a
conclusão da prova de 100 m
rasos (masculino e feminino), como ideal para o modelo dos Jogos dos Povos
Indígenas. Como experiência, nos I Jogos foi também disputada a prova de 4x100
m e o Salto em
Distância. Já nos II Jogos, em Guairá (PR), em 1999, também
como experiência, foi realizada a corrida de resistência de média distância em revezamento. Cada
equipe indígena participou com dez atletas, revezando-se a cada 1000 m. Além da competição
de 100 m,
a prova de resistência de 5000
m, disputada por atletas masculinos, já está inserida
nos Jogos.
Histórico: Os índios sempre
se interessaram em trabalhar seu preparo físico. Com isso, tornam-se
verdadeiros competidores, adaptando-se e aprendendo, com a natureza a caçar e
pescar, percorrendo grandes distâncias, atravessando lagos e rios em busca de
alimento. O exercício físico é parte do dia-a-dia das aldeias.
Tradicionalmente, os Gavião Kiykatêjê, praticam o Akô, (corrida de varinha), em
que duas equipes de atletas realizam a corrida de velocidade em círculo, em
revezamento de quatro, cujo bastão é uma varinha de bambu.
Competição:
Cada delegação indígena poderá inscrever no máximo duas equipes, uma masculina
e feminina, composta por 02 (dois) atletas. O número de séries (largadas)
eliminatórias será definido no Congresso Técnico, de acordo com o número de
atletas inscritos. Classificar-se-ão para as séries subseqüentes somente os
primeiros colocados da série (largadas) anterior, até se chegar a série
(largada) final. Outros detalhes serão definidos no Congresso Técnico, onde
cada povo participante pode ter dois representantes.
Os povos indígenas que
praticam essa atividade são os: Krahô, Xerente, e Apinajé do Tocantins, que
habitam a região central do Estado de Mato Grosso em várias 11 terras indígenas
e os Gavião Parakategê e Kyikatêjê do Pará, Terra Indígena Mãe Maria. Os Kanela
e os Krikati, são do estado do Maranhão. Os Kayapó do Pará e do Mato Grosso
realizavam semelhante esporte que consistia em carregar e não correr com as
toras. Os Fulni-ô de Pernambuco teriam praticado esse esporte no passado, de
acordo com estudo do antropólogo Curt Nimuendajú.
Histórico
e Ritual
Entre
os Krahô, Xerente, e Apinajé, a Corrida de Tora difere em diversos aspectos,
obedecendo seus ritos tradicionais de significados social, religioso e
esportivo.
Para o
povo Khraô, habitante de extensa faixa contínua de Cerrado no estado de
Tocantins, ela está associada a algum rito e, conforme esse rito, variam os
grupos de corredores, assim como o percurso e a tamanho das toras. Essas
atividades são realizadas sempre com duas toras praticamente iguais. Os
participantes se dividem em dois grupos de corredores “rivais”, cabendo apenas
a um atleta de cada grupo carregar a tora, revezando-se em um mesmo percurso.
As corridas se realizam no sentido de fora para dentro da aldeia, nunca de
dentro para fora, ou mesmo dentro dela, quando estabelecem os pontos de largada
e chegada no pátio de uma casa chamada woto, uma espécie de oca preparada para
todas as atividades culturais, sociais e política. É sempre realizada ao
amanhecer e ao entardecer. As corridas vindas de fora acontecem geralmente no
final das tardes, quando os Krahô retornam de alguma atividade coletiva (caça
ou roça). A corrida de tora é praticada nos rituais, festas e brincadeiras.
Nesses casos, as toras podem representar símbolos mágicos-religiosos, como
durante o ritual do Porkahok, que simboliza o fim do luto pela morte de algum
membro da comunidade. Pela manhã, a corrida ganha um sentido de ginásticas para
a preparação do corpo. Corre-se apenas com as toras já usadas ao redor das
casas, no sentido contrário do relógio.
Os Xavante, do Mato Grosso,
também realizam a Corrida de Tora, o Uiwed, entre duas equipes de 15 a 20 pessoas. Pintam os
corpos e correm mais de cinco quilômetros, revezando-se até chegar ao
Wa'rãm'ba, o centro da aldeia, e iniciam a Dança do Uwede'hõre. Na festa do
U'pdöwarõ, a festa da comida, também existe a corrida com tora, mas nesse
evento a tora usada é maior e mais pesada (média de 100 a 110 Km).
Os Gavião
Kyikatêjê/Parakateyê, do Pará, também grandes corredores de tora, obedecem os
mesmos rituais de outros povos, mas há uma peculiaridade que é o Jãmparti
(pronuncia-se Iãmparti). Trata-se de uma corrida com uma tora com mais de 100 Kg, mais comprida e
carregada por dois atletas. Realizada sempre no período final das corridas de
toras comuns, ou seja, aquela que é carregada por um atleta, com o sentido de
harmonia e força. Em todas essas manifestações há a participação das mulheres.
Não há um prêmio para o vencedor, pois somente a força física e a resistência
são demonstradas.
Preparação das toras:
Preparação das toras:
Geralmente, todos os povos
que possuem essa atividade, confeccionam as toras com o tronco de uma palmeira
chamada buriti, uma espécie de coqueiro, considerado sagrado pelos Krahô. Do
buriti, os índios aproveitam tudo, desde seu fruto, como alimento, folhas para
cobertura de casa e confecção de artesanatos (cestarias, abanos), tronco para
rituais e atividades esportivas.
Na preparação de corte
dessa madeira, há um ritual de cantos e danças. É derrubado e cortado em duas
partes em forma de cilindros em tamanhos iguais. Nas extremidades da tora é
feito um tipo de cava para que possa facilitar seu carregamento. As toras
possuem tamanhos variados, de acordo com o ritual a ser realizado, pesando de 02 a 120 quilos. Muitas toras
são “guardadas” dentro do rio para que seja absorvida mais água e, assim,
fiquem mais pesadas. Notadamente isso ficou comprovado nas apresentações dos
Jogos dos Povos Indígenas.
Competição:
Nos VI Jogos dos Povos Indígenas/2003, haverá pela primeira vez, uma verdadeira competição intertribal. Após uma ampla observação e um detalhado estudo por mais de seis anos, é chegado o momento histórico para a realização da primeira competição da Corrida de Tora entre as etnias indígenas. Esta decisão é resultado da sondagem realizada durante os jogos e nas manifestações e grande interesses dos próprios chefes indígenas na inovação. Portanto, além das etnias que praticam essa atividade em sua cultura, ou seja, entre os Povos Apinajé, Xavante, Kanela, Gavião, Krahô e Xerente, não haverá restrição para que outras etnias também manifestem interesse em participar.
Nos VI Jogos dos Povos Indígenas/2003, haverá pela primeira vez, uma verdadeira competição intertribal. Após uma ampla observação e um detalhado estudo por mais de seis anos, é chegado o momento histórico para a realização da primeira competição da Corrida de Tora entre as etnias indígenas. Esta decisão é resultado da sondagem realizada durante os jogos e nas manifestações e grande interesses dos próprios chefes indígenas na inovação. Portanto, além das etnias que praticam essa atividade em sua cultura, ou seja, entre os Povos Apinajé, Xavante, Kanela, Gavião, Krahô e Xerente, não haverá restrição para que outras etnias também manifestem interesse em participar.
A competição será dirigida
e observada por pelo menos cinco “juízes” neutros, não indígenas. Cada etnia
deverá formar e uma equipe com 10 atletas corredores e, mais três reservas. As
toras usadas nesta prova deverão ser selecionadas pela comissão organizadora,
bem como os números de voltas a serem dadas na arena, largada e chegada;
A
largada será sempre entre duas etnias (equipes), escolhidas num sorteio prévio.
Será utilizado o sistema de eliminatória simples em todas as fases, até chegar
a um ganhador. Caso haja empate na segunda largada, haverá uma terceira. Os
chefes de cada equipe serão chamados para um outro sorteio (par/impar ou
cara/coroa). Nesta prova não haverá a participação feminina. Outros detalhes
serão definidos no Congresso Técnico.
Xikunahity (Futebol de cabeça)
Pronuncia-se Zikunariti, na
linguagem dos Paresi e Hiara na língua dos Enawenê Nawê. Prova: É uma espécie
de futebol, em que o chute só pode ser dado usando a cabeça. É um esporte
praticado tradicionalmente pelos povos Paresi, Salumã, Irántxe, Mamaidê e
Enawenê-Nawê, de Mato Grosso. É disputado por duas equipes que podem possuir
oito, dez ou mais atletas e um capitão. É realizada em campo de terra batida,
para que a bola ganhe impulso.
O tamanho do campo é
semelhante ao de futebol, e conta com uma linha demarcatória ao centro, que
delimita o espaço de cada equipe.
A partida tem início quando
dois atletas veteranos, um de cada equipe, dirigem-se ao centro do campo para
decidir quem irá lançar a bola ao outro, que deverá rebate-la. Isto é decidido
por meio de diálogo e a partida inicia com a primeira cabeçada para o campo
adversário, a ser recepcionada por um dos atletas com a cabeça. Após isso, os
dois atletas deixam o campo, e não realizam outra atividade durante o jogo inteiro.
Na disputa, a bola não pode ser tocada com as mãos, pés ou outra parte do
corpo, mas pode tocar o chão, antes de ser rebatida pela outra equipe.
Os atletas Pareci se atiram
e mergulham com o rosto rente ao chão, livrando o nariz de tocar o solo, o que
provoca uma certa violência no "chute" de cabeça e demonstram toda a
habilidade, destreza e técnica necessárias na recepção e arremesso da bola. A
equipe marca pontos quando a bola não é devolvida pelos adversários, ou seja,
quando deixa de ser rebatida. Quanto maiores as habilidades dos atletas que
compõem as equipes, mais acirradas são as disputas, podendo durar até mais de
quarenta minutos.
Histórico: A lenda Pareci
conta que o Xikunahity foi criado pela principal entidade mítica da cultura
Pareci, o Wazare. Depois de cumprir sua missão de distribuir o povo Pareci por
toda a Chapada dos Parecis, Wazare fez uma grande festa de confraternização
antes de voltar a seu mundo. Durante a festa, a entidade mítica mostrou a todos
a função da cabeça no comando do corpo, e sua capacidade de desenvolver a
inteligência e alcançar a plenitude mental e espiritual. Ele também demonstrou
que a cabeça poderia ser usada em sua capacidade física, especificamente na
habilidade para com o Xikunahity. Foi nesta comemoração que aconteceu a
primeira partida deste esporte; ou seja, entrando literalmente de cabeça.
Entre
os Pareci, o esporte só é praticado durante grandes cerimônias, como: oferta da
primeira colheita das roças, iniciação dos jovens de ambos os sexos, reforma
das flautas sagradas, caça, pesca e coleta de frutas silvestres abundantes e a
reincorporação de um espírito novo em doentes terminais.
A bola
utilizada no jogo é peculiar, pois é de fabricação dos Pareci, feita com a
seiva de mangabeira, um tipo de látex. O processo de confecção tem duas etapas:
na primeira, a seiva é colhida e colocada sobre uma superfície lisa, onde
permanece por certo tempo, até formar uma camada ligeiramente espessa. Na
segunda fase faz-se a parte central da bola (núcleo), que inclui o aquecimento
da seiva de mangaba em uma panela e resulta em uma película. O látex tem suas
extremidades unidas, de modo a formar um saco que será inflado com ar, por meio
de um "canudo". Depois, o núcleo ganha formas arredondadas e recebe
sucessivas películas de látex, obtidas da primeira etapa, até formar uma bola,
secar e resfriar, ganhando consistência suficiente para pular. A bola tem
aproximadamente 30 cm
de diâmetro.
Desde o
seu surgimento, a disputa do Xikunahity envolve apostas. Segundo o
administrador regional da Funai de Tangará da Serra/MT, Daniel Cabixi,
antigamente as apostas envolviam flechas, armas de guerra, animais de
estimação, objetos de uso pessoal, familiares ou coletivos. "Dizem os mais
antigos que, além de itens pessoais, as mulheres também eram usadas nas
apostas", relata. Hoje, sabonetes, rádios, caixas de fósforos,
espingardas, pólvora, enfim, objetos particulares são colocados como prêmios
para as disputas. As apostas são feitas discretamente e sem um compromisso
explícito, valendo o acordo da palavra. A equipe vencedora, além de ganhar os
objetos apostados, recebe um troféu simbólico. As mulheres e crianças não têm
participação direta nas equipes que disputam o Xikunahity, pois é um jogo
masculino, cabendo a elas a participação na torcida desse esporte. Já entre os
nawenê-Nawê, o esporte só é praticado dentro da festa do Yãkwai, festa
espiritual realizada durante seis meses. A primeira apresentação oficial em
público do Xikunahity aconteceu durante o II Jogos dos Povos Indígenas, realizados
em Guairá, PR, em outubro de 99, pelos Pareci. Hoje, é um esporte de
demonstração neste evento. O Povo Enawenê Nawê participou pela primeira nos IV
Jogos, realizado em Campo
Grande, MS, em outubro de 2001 e apresentou esse esporte com
os Pareci.
Futebol
Prova:
Esporte já inserido no contexto cultural de vários grupos indígenas, sendo
unanimidade nos jogos e praticado por atletas femininos e masculinos. As regras
são regidas pela Instrução Geral dos Jogos e obedece ao padrão da Confederação
Brasileira de Futebol, exceto o tempo de jogo que é de 50 min, divididos em
dois tempos de 25 min cada, com intervalo de 10 min.
Histórico:
Conforme as tradições culturais desportivas dos povos indígenas no Brasil, há
informações de que etnias que desapareceram, praticavam o jogo de bola com os
pés. Podemos citar os indígenas habitantes do Alto Xingu, MT, que praticam um
esporte semelhante ao futebol, em que a bola é chutada usando somente os joelhos, chamado Katulaiwa,
onde a regra se assemelha ao do futebol. Do mesmo modo os Pareci, com o
"futebol de cabeça", o Xikunahity. Daí, se considerar que há uma
relação tradicional entre os povos indígenas e o esporte com bola. Talvez essa
seja a explicação para a semelhança entre indígenas e não indígenas brasileiros:
a paixão pelo futebol. Um dos grandes atletas futebolistas e bi-campeão mundial
de futebol, chamado Manoel Garrincha era descendente dos indígenas Fulni-ô, de
Águas Belas (PE).
O
primeiro encontro de indígenas de diferentes etnias para a prática desse
esporte, aconteceu no dia 19 de abril de 1979, Dia do Índio. Foi organizada uma
seleção indígena de futebol para uma partida amistosa contra a equipe do Centro
de Ensino Unificado de Brasília, CEUB. As etnias que integraram a equipe foram
Karajá, Terena, Bakairi, Xavante e Tuxá. Dessa experiência, nasceu uma equipe
de futebol de campo e salão composta por estudantes indígenas, chamada Kurumim.
Essa
equipe se apresentou em vários estados brasileiros, inclusive no estádio do
Maracanã, no Rio de Janeiro. A primeira vez que uma delegação indígena de
esporte disputou uma competição oficial, ocorreu nos XIV Jogos Escolares
Brasileiros, realizados em
São Paulo, capital, de 7 a 15 de dezembro de 1985.
Por não
terem o mesmo preparo técnico de outras equipes, os atletas indígenas não
conseguiram resultados expressivos. Somente em 1988/89 é que conseguiram bons
resultados no futebol. Mas havia muita pressão dos dirigentes dos JEB para que
a delegação indígena não mais participasse, daí que a última atuação ocorreu
nos XX JEB, realizados em Presidente Prudente, SP, em julho de 1991. Os
Jogos Escolares Brasileiros foram de grande valia para as comunidades indígenas
no segmento do esporte. A equipe de futebol foi se aperfeiçoando e adquirindo
experiência com o passar do tempo, conseguindo melhorar seus resultados nesta
competição. O futebol tem grande aceitação entre as etnias dos Jogos dos Povos
Indígenas. Seguindo os princípios que norteiam a filosofia do evento, é
importante ressaltar que nesta modalidade não se propõe consagrar o atleta
artilheiro, o goleiro menos vazado ou a defesa mais eficiente. Os Jogos
Indígenas destacam o aspecto lúdico da prática desportiva do futebol, tornando
o falado fair play uma realidade. Todas as etnias levam representantes para a
competição, e apesar da popularidade do esporte as partidas realizadas nos
Jogos Indígenas não atraem grande número de espectadores, que preferem assistir
às modalidades esportivas tradicionais e as manifestações culturais.
Arremesso de lança
Prova: O Arremesso de Lança é uma prova individual
realizada apenas pelos homens. Nos Jogos, a contagem dos pontos é feita de
acordo com a distância alcançada, ou seja, vence aquele que atingir maior
distância. As lanças são cedidas pela Comissão Técnica de Esporte, e fabricadas
de maneira tradicional, usando madeira rústica. A adaptação desse armamento,
desde os I Jogos, objetiva a distância e não o alvo.
Histórico: Várias etnias indígenas conhecem esse
armamento, possuindo técnicas diferentes de confecção das lanças. O fabrico de cada
lança depende da finalidade a que se destina. Comprimento, ponteiras de ossos,
pedras ou mesmo madeiras mais duras, como a arueira ou pau de ferro são
avaliados.Na tradição indígena, é usada para caça, pesca (arpão) ou para defesa
em um ataque de animal feroz.
Luta Corporal
Prova: As lutas corporais são realizadas por homens e mulheres e o esporte está inserido na cultura tradicional dos povos que o praticam: os povos indígenas Xinguanos, Bakairi o Huka Huka e os Xavante, de Mato Grosso. Os Gavião Kyikatêjê/Parakatêye, do Pará praticam o Aipenkuit e os Karajá praticam o Idjassú. Esse esporte foi inserido nos Jogos desde a primeira edição, como apresentação. O desejo de se realizar uma competição de lutas corporais nos Jogos é grande, mas é muito improvável devido à grande diversidade de estilos de luta e técnica. Algumas etnias lutam em pé, outras ajoelhadas no chão, como o Huka Huka. Por isso, fazem-se apenas demonstrações das lutas existentes na cultura indígena brasileira.
Histórico: A luta corporal
dos povos indígenas do Xingu e dos índios Bakairi, de Mato Grosso, o Huka Huka,
inicia com os atletas ajoelhados.
Começa quando o dono da
luta, um homem chefe, caminha até o centro da arena de luta e chama os
adversários pelo nome. Os lutadores se ajoelham girando em circulo anti-horário
frente ao oponente, até se entreolharem e se agarrarem, tentando levantar o
adversário e derrubá-lo ao chão. Os Karajá do Tocantins já possuem outro
estilo, pois os atletas iniciam a luta em pé, se agarrando pela cintura, até
que um consiga derrubar o outro ao chão. O atleta vencedor abre os braços e
dança em volta do oponente, cantando e imitando uma ave. Os Gavião Parakateyê,
PA, e os Tapirapé e Xavante de Mato Grosso, têm uma certa semelhança no
desenvolvimento das lutas com os Karajá. Não existe um juiz tradicional para
essa modalidade, e sim um observado/orientador indígena que seria chamado de
dono da luta, cabendo aos atletas, reconhecer a derrota, vitória ou empate. Não
há prêmio para o vencedor da luta em todas etnias praticante deste esporte. Há
reconhecimento e respeito por toda a comunidade.
Natação
Prova: Esse esporte foi introduzido desde os I
Jogos em Goiânia em 1996. Haveria duas modalidades: A realizada na piscina para
testar a velocidade dos atletas indígenas, e uma mais longa, de resistência,
realizada em águas abertas. No entanto a prova em piscina não obedecia aos
objetivos do evento, sendo realizada mais uma vez nos II Jogos na cidade
Guairá; PR em 1999. Atualmente a prova de meia distancia e resistência,
realizada em águas abertas, que está dentro do contexto indígena, é praticada
por atletas femininos e masculinos.
Histórico: A relação de vida dos povos indígenas
estará sempre associada a água. A primeira hora da vida de um bebê indígena
começa com o seu primeiro mergulho; em um rio ou lago por sua mãe.
Grande parte da recreação
das crianças é realizada dentro d`água, atravessando de uma margem a outra ou
mesmo mergulhando, se preparando para serem grandes caçadores de peixes. Um dos
rituais realizado pelos Xavante de Mato Grosso dentro de um rio, é quando da
preparação dos adolescentes para a furação da orelha, que é oxoxoxo, em que um
grupo permanece mergulhado até a altura do peito e nesse período, batem
simultaneamente os braços, realizando uma coreografia aquática. Eles acreditam
que assim haverá o amolecimento da lóbulo auricular, facilitando a furação.
Prova: É uma demonstração individual realizada pelas etnias Matis e Kokama. Na apresentação se posiciona, a 20 ou 30 m do alvo adaptado, uma melancia pendurada em um tripé. A prova consiste em atingir o alvo o maior número de vezes possível.
Histórico: É uma arma artesanal, semelhante a um cano longo, com aproximadamente 2,5 m de comprimento, feito de madeira, com um orifício onde se introduz uma pequena seta, de aproximadamente 15 cm. É uma arma muito utilizada pelos índios amazônicos para caçar animais e aves, por ser silenciosa e precisa. Os Povos Matís, Zuruaha e Kokama a utilizam. Os Matis e Zuruaha têm pouco contato com o não índios, sendo que os primeiros, menos de vinte anos.
Habitam a região do Vale do
Javari, fronteira com Peru e Colômbia, no Amazonas, e também são conhecidos
como os "Cara de onça", por usarem adereços faciais inspirados nesse
animal.
Os Matís tiveram a primeira
participação nos II Jogos, contando com cinco atletas, devido ao alto custo de
passagens aéreas e da operacionalização de seu deslocamento, pois levam média 4
dias para chegar à cidade mais próxima, que é Tabatinga, AM.
Jogo coletivo tradicional praticado pelo Povo
Kayapó do estado do Pará. Jogado em um campo de tamanho semelhante ao do
futebol. Se desenvolve entre duas equipes de 10 ou mais atletas de cada lado,
onde todos usam uma espécie de borduna (bastão), cujo objetivo é rebater uma
pequena bola (coco) que ao ultrapassar a linha de fundo de seu oponente, marca
um ponto.
De acordo com informações
dos kayapó, esse esporte já não estava mais sendo praticado devido a sua
violência que causava graves contusões nos competidores. Essa modalidade tem
muita semelhança com um dos esportes mais populares do Canadá, o Lacrosse,
coincidentemente considerado de origem indígena daquele país.
4º Momento: Registrar opiniões
Esta é a hora de
registrar a opinião dos alunos, seja por produção de texto, filmagem, criação
de documentário, cartazes, enfim use a imaginação.
Sugestão de pesquisa: uma dica de trabalho de um professor que realizou um trabalho exelente e pode servir de inspiração.http://www.esporteeducacao.org.br/?q=node/2890
Seqüência Didática para Cultura Indígena – Educação Infantil
Trabalhar esse
conteúdo com as crianças da pré-escola é sem duvida divertido. Direcionar para
a musica, utilizando sons e instrumentos sonoros que tornam a atividade
descontraída.
1º Momento:
Musicas com temas indígenas. Para cantar, dançar e interpretar, utilize músicas
com temas indígenas.
1,2,3 indiozinhos
4,5,6 indiozinhos
7,8,9 indiozinhos
10 um pequeno bote
Iam navegando pelo rio abaixo
Quando o jacaré se aproximou
E o pequeno bote dos indiozinhos
Quase vazio virou
4,5,6 indiozinhos
7,8,9 indiozinhos
10 um pequeno bote
Iam navegando pelo rio abaixo
Quando o jacaré se aproximou
E o pequeno bote dos indiozinhos
Quase vazio virou
Na
tribo eles vivem
comendo
raiz
Caçando e pescando,
Caçando e pescando,
guerreando
feliz
A oca é a morada,
A oca é a morada,
cacique
é o guerreiro
A taba é a aldeia,
A taba é a aldeia,
pajé
o feiticeiro
Deus
é Tupã,
a
lua é Jaci
A língua que eles falam
A língua que eles falam
é Tupi-Guarani!
Ô
ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Vamos brincar de índio
Mas sem mocinho pra me pegar
Venha pra minha tribo
Eu sou o cacique, você é meu par
Índio fazer barulho
Índio ter seu orgulho
Vem pintar a pele para a dança começar
Pego meu arco e flecha
Minha canoa e vou pescar
Vamos fazer fogueira
Comer do fruto que a terra dá
Índio fazer barulho
Índio ter seu orgulho
Índio quer apito mas também sabe gritar
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Índio não faz mais luta
Índio não faz guerra
Índio já foi um dia o dono dessa terra
Índio ficou sozinho
Índio querer carinho
Índio querer de volta a sua paz, sua paz
Vamos brincar de índio
Mas sem mocinho pra me pegar
Venha pra minha tribo
Eu sou o cacique, você é meu par
Índio fazer barulho
Índio ter seu orgulho
Vem pintar a pele para a dança começar
Pego meu arco e flecha
Minha canoa e vou pescar
Vamos fazer fogueira
Comer do fruto que a terra dá
Índio fazer barulho
Índio ter seu orgulho
Índio quer apito mas também sabe gritar
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Índio não faz mais luta
Índio não faz guerra
Índio já foi um dia o dono dessa terra
Índio ficou sozinho
Índio querer carinho
Índio querer de volta a sua paz, sua paz
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Vamos brincar de índio
Ô ô ô, ô ô ô ô
Vamos brincar de índio
Ô ô ô, ô ô ô ô
Vamos brincar de índio
Ô ô ô, ô ô ô ô
Vamos brincar de índio
Ô ô ô, ô ô ô ô
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Vamos brincar de índio
Mas sem mocinho pra me pegar
Venha pra minha tribo
Eu sou o cacique, você é meu par
Índio fazer barulho
Índio ter seu orgulho
Vem pintar a pele para a dança começar
Pego meu arco e flecha
Minha canoa e vou pescar
Vamos fazer fogueira
Comer do fruto que a terra dá
Índio fazer barulho
Índio ter seu orgulho
Índio quer apito mas também sabe gritar
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Índio não faz mais luta
Índio não faz guerra
Índio já foi um dia o dono dessa terra
Índio ficou sozinho
Índio querer carinho
Índio querer de volta a sua paz, sua paz
Vamos brincar de índio
Mas sem mocinho pra me pegar
Venha pra minha tribo
Eu sou o cacique, você é meu par
Índio fazer barulho
Índio ter seu orgulho
Vem pintar a pele para a dança começar
Pego meu arco e flecha
Minha canoa e vou pescar
Vamos fazer fogueira
Comer do fruto que a terra dá
Índio fazer barulho
Índio ter seu orgulho
Índio quer apito mas também sabe gritar
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Índio não faz mais luta
Índio não faz guerra
Índio já foi um dia o dono dessa terra
Índio ficou sozinho
Índio querer carinho
Índio querer de volta a sua paz, sua paz
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Vamos brincar de índio
Ô ô ô, ô ô ô ô
Vamos brincar de índio
Ô ô ô, ô ô ô ô
Vamos brincar de índio
Ô ô ô, ô ô ô ô
Vamos brincar de índio
Ô ô ô, ô ô ô ô
Eu
sou uma índia,
sou
filha da lua
Sou filha do sol,
Sou filha do sol,
nasci
num dia
Que a chuva caía,
Que a chuva caía,
e
nas nuvens do céu
Pintou o meu nome,
Pintou o meu nome,
com
todas as cores
Oh! maravilha
Da mata o verde,
Oh! maravilha
Da mata o verde,
azul
do mar
Rosa das flores
Amarelo ouro,
Rosa das flores
Amarelo ouro,
vermelho
maçâ
Íris no céu,
Íris no céu,
lilás
dos sonhos
Haverá sempre
Haverá sempre
um
arco íris maravilha
refrão:
Tuiuiu iu iu
Sou curumim iê iê
Tuiuiu iu iu
Sou curumã arauê
Eu sou uma índia,
refrão:
Tuiuiu iu iu
Sou curumim iê iê
Tuiuiu iu iu
Sou curumã arauê
Eu sou uma índia,
sou
filha da lua
Sou filha do sol,
Sou filha do sol,
meus
cabelos negros
A noite tingiu,
A noite tingiu,
serviu
como espelho
As águas do rio,
As águas do rio,
eu
falo com o vento
E com os animais,
E com os animais,
eu
nado com os peixes
Nós somos iguais
Oh! maravilha
Nós somos iguais
Oh! maravilha
Composição:
Helio Ziskind
Tu
Tu Tu Tu
Tu Tupi
Todo mundo tem
um pouco de índio
dentro de si
dentro de si
Todo mundo fala
língua de índio
Tupi Guarani
Tupi Guarani
E o velho cacique já dizia
tem coisas que a gente sabe
e não sabe que sabia
e ô e ô
O índio andou pelo Brasil
deu nome pra tudo que ele viu
Se o índio deu nome, tá dado!
Se o índio falou, tá falado!
Se o índio chacoalhou
tá chacoalhado!
e ô e ô
Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
vamos chacoalhar
vamos chacoalhar
Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
que índio vai falar:
Jabuticaba Caju Maracujá
Pipoca Mandioca Abacaxi
é tudo tupi
tupi guarani
Tamanduá Urubu Jaburu
Jararaca Jibóia
Tatu
Tu Tu Tu
é tudo tupi
tupi guarani
Arara Tucano Araponga Piranha
Perereca Sagüi Jabuti Jacaré
Jacaré Jacaré
quem sabe o que é que é?
- ...aquele que olha de lado...
é ou não é?
Se o índio falou tá falado
se o índio chacoalhou
tá chacoalhado
e ô e ô
Maranhão Maceió
Macapá Marajó
Paraná Paraíba
Pernambuco Piauí
Jundiaí Morumbi Curitiba Parati
É tudo tupi
Butantã Tremembé Tatuapé
Tatuapé Tatuapé
quem sabe o que é que é?
- ...caminho do Tatu...
Tu Tu Tu Tu
Todo mundo tem...
Tu Tupi
Todo mundo tem
um pouco de índio
dentro de si
dentro de si
Todo mundo fala
língua de índio
Tupi Guarani
Tupi Guarani
E o velho cacique já dizia
tem coisas que a gente sabe
e não sabe que sabia
e ô e ô
O índio andou pelo Brasil
deu nome pra tudo que ele viu
Se o índio deu nome, tá dado!
Se o índio falou, tá falado!
Se o índio chacoalhou
tá chacoalhado!
e ô e ô
Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
vamos chacoalhar
vamos chacoalhar
Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
que índio vai falar:
Jabuticaba Caju Maracujá
Pipoca Mandioca Abacaxi
é tudo tupi
tupi guarani
Tamanduá Urubu Jaburu
Jararaca Jibóia
Tatu
Tu Tu Tu
é tudo tupi
tupi guarani
Arara Tucano Araponga Piranha
Perereca Sagüi Jabuti Jacaré
Jacaré Jacaré
quem sabe o que é que é?
- ...aquele que olha de lado...
é ou não é?
Se o índio falou tá falado
se o índio chacoalhou
tá chacoalhado
e ô e ô
Maranhão Maceió
Macapá Marajó
Paraná Paraíba
Pernambuco Piauí
Jundiaí Morumbi Curitiba Parati
É tudo tupi
Butantã Tremembé Tatuapé
Tatuapé Tatuapé
quem sabe o que é que é?
- ...caminho do Tatu...
Tu Tu Tu Tu
Todo mundo tem...
Composição: Tim Maia e Jorge Ben Jor, Jês,
Kariris, Karajás, Tukanos, Caraíbas,Makus, Nambikwaras, Tupis, Bororós,Guaranis,
Kaiowa, Ñandeva, YemiKruia,Yanomá, Waurá, Kamayurá, Iawalapiti, Suyá,Txikão,
Txu-Karramãe, Xokren, Xikrin, Krahô,Ramkokamenkrá, Suyá
Hey!
Hey! Hey!
Hey! Hey! Hey!
Curumim chama cunhatã que eu vou contar
Cunhatã chama curumim que eu vou contar
Curumim, cunhatã
Cunhatã, curumim
Antes que os homens aqui pisassem
Nas ricas e férteis terraes brazilis
Que eram povoadas e amadas por milhões de índios
Reais donos felizes
Da terra do pau-brasil
Pois todo dia, toda hora, era dia de índio
Pois todo dia, toda hora, era dia de índio
Mas agora eles só têm um dia
O dia dezenove de abril
Mas agora eles só têm um dia
O dia dezenove de abril
Amantes da pureza e da natureza
Eles são de verdade incapazes
De maltratarem as femeas
Ou de poluir o rio, o céu e o mar
Protegendo o equilíbrio ecológico
Da terra, fauna e flora
Pois na sua história, o índio
É o exemplo mais puro
Mais perfeito, mais belo
Junto da harmonia da fraternidade
E da alegria,
Da alegria de viver
Da alegria de amar
Mas no entanto agora
O seu canto de guerra
É um choro de uma raça inocente
Que já foi muito contente
Pois antigamente
Todo dia, toda hora, era dia de índio
Todo dia, toda hora, era dia de índio
Hey! Hey! Hey!
Jês, Kariris, Karajás, Tukanos, Caraíbas,
Makus, Nambikwaras, Tupis, Bororós,
Guaranis, Kaiowa, Ñandeva, YemiKruia
Yanomá, Waurá, Kamayurá, Iawalapiti, Suyá,
Txikão, Txu-Karramãe, Xokren, Xikrin, Krahô,
Ramkokamenkrá, Suyá
Todo dia, toda hora, era dia de índio
Todo dia, toda hora, era dia de índio
Hey! Hey! Hey!
Curumim, cunhatã
Hey! Hey! Hey!
Cunhatã, curumim
Hey! Hey! Hey!
Curumim, cunhatã
Hey! Hey! Hey!
Cunhatã, curumim
Hey! Hey! Hey!
Curumim chama cunhatã que eu vou contar
Cunhatã chama curumim que eu vou contar
Curumim, cunhatã
Cunhatã, curumim
Antes que os homens aqui pisassem
Nas ricas e férteis terraes brazilis
Que eram povoadas e amadas por milhões de índios
Reais donos felizes
Da terra do pau-brasil
Pois todo dia, toda hora, era dia de índio
Pois todo dia, toda hora, era dia de índio
Mas agora eles só têm um dia
O dia dezenove de abril
Mas agora eles só têm um dia
O dia dezenove de abril
Amantes da pureza e da natureza
Eles são de verdade incapazes
De maltratarem as femeas
Ou de poluir o rio, o céu e o mar
Protegendo o equilíbrio ecológico
Da terra, fauna e flora
Pois na sua história, o índio
É o exemplo mais puro
Mais perfeito, mais belo
Junto da harmonia da fraternidade
E da alegria,
Da alegria de viver
Da alegria de amar
Mas no entanto agora
O seu canto de guerra
É um choro de uma raça inocente
Que já foi muito contente
Pois antigamente
Todo dia, toda hora, era dia de índio
Todo dia, toda hora, era dia de índio
Hey! Hey! Hey!
Jês, Kariris, Karajás, Tukanos, Caraíbas,
Makus, Nambikwaras, Tupis, Bororós,
Guaranis, Kaiowa, Ñandeva, YemiKruia
Yanomá, Waurá, Kamayurá, Iawalapiti, Suyá,
Txikão, Txu-Karramãe, Xokren, Xikrin, Krahô,
Ramkokamenkrá, Suyá
Todo dia, toda hora, era dia de índio
Todo dia, toda hora, era dia de índio
Hey! Hey! Hey!
Curumim, cunhatã
Hey! Hey! Hey!
Cunhatã, curumim
Hey! Hey! Hey!
Curumim, cunhatã
Hey! Hey! Hey!
Cunhatã, curumim
Índio cara pálida,
cara de índio.
Índio cara pálida,
cara de índio.
Sua ação é válida, meu caro índio.
Sua ação é válida, válida ao índio.
Nessa terra tudo dá,
terra de índio.
Nessa terra tudo dá,
não para o índio.
Quando alguém puder plantar,
quem sabe índio.
Quando alguém puder plantar,
não é índio.
Índio quer se nomear,
nome de índio.
Índio quer se nomear,
duvido índio.
Isso pode demorar,
te cuida índio.
Isso pode demorar,
coisa de índio.
Índio sua pipoca,
tá pouca índio.
Índio quer pipoca,
te toca índio.
Se o índio se tocar,
touca de índio.
Se o índio toca,
não chove índio.
Se quer abrir a boca,
pra sorrir índio.
Se quer abrir a boca,
na toca índio.
A minha também tá pouca,
cota de índio.
Apesar da minha roupa,
também sou índio.
cara de índio.
Índio cara pálida,
cara de índio.
Sua ação é válida, meu caro índio.
Sua ação é válida, válida ao índio.
Nessa terra tudo dá,
terra de índio.
Nessa terra tudo dá,
não para o índio.
Quando alguém puder plantar,
quem sabe índio.
Quando alguém puder plantar,
não é índio.
Índio quer se nomear,
nome de índio.
Índio quer se nomear,
duvido índio.
Isso pode demorar,
te cuida índio.
Isso pode demorar,
coisa de índio.
Índio sua pipoca,
tá pouca índio.
Índio quer pipoca,
te toca índio.
Se o índio se tocar,
touca de índio.
Se o índio toca,
não chove índio.
Se quer abrir a boca,
pra sorrir índio.
Se quer abrir a boca,
na toca índio.
A minha também tá pouca,
cota de índio.
Apesar da minha roupa,
também sou índio.
2º Momento: Imagens
indígenas
Separe
algumas figuras com imagens indígenas com um tamanho relativamente grande, para
a visualização dos pequenos. Dispostos em circulo e sentados no chão, mostre
cada figura e comente a forma de se vestir, de pintura corporal, o que estão
fazendo, etc. Em seguida passe cada figura pelo circulo para que a criança
possa manusear e visualizar melhor.
3º Momento: Sons
Indígenas
Monte
uma seleção de sons indígenas, para que as crianças ouçam e se movimentem. Por exemplo, bater o pé acompanhando o som, mover os braços, locomover-se.
4º Momento: instrumentos
musicais
Dentre vários, o instrumento musical indígena mais conhecido
é o chocalho. A proposta é confeccionar vários chocalhos com sons diferentes
para que a criança desenvolva a percepção auditiva. Os chocalhos podem ser feitos com a reutilização de reciclaveis. A proposta é confeccionar vários chocalhos com sons
diferentes para que a criança desenvolva a percepção auditiva.
Obs: não necessariamente cada momento
da seqüência didática
precisa ou deva ser trabalhado em uma aula.
Tem momentos que serão necessárias mais
aulas para serem desenvolvidos.
da seqüência didática
precisa ou deva ser trabalhado em uma aula.
Tem momentos que serão necessárias mais
aulas para serem desenvolvidos.
MT INTERESSANTE OS TEXTOS NOS AJUDA BASTANTE NAS ATIVIDADES
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